O Corsário Inglês
O Corsário Inglês chegou à tranquila aldeia de Providence em busca de um tesouro e encontrou a bela puritana de olhos violetas e a transformou em sua puritana.
Ela jurou que não se renderia a seus desejos, mas ele despertou a ardente mulher escondida no corpo de uma jovem piedosa e temerosa e era muito tarde para escapar...
Tudo estava preparado para seu casamento e não tinha visto seu prometido esses dias, temia um pouco pela intimidade, e esperou que esse jovem fosse delicado.
Os piratas partiram e na aldeia reinava a paz. Um dia antes de seu casamento se encontrava tomando um banho quando escutou uns passos na grama. Pensou que fosse seu prometido e sentiu que seu coração batia descompassado através do tecido do vestido.
Os puritanos jamais se banhavam nus, ela jamais o tinha feito e devia aproveitar antes que a água a congelasse. Saiu do rio e se cobriu, estava perto de sua casa e tinha esfregado seu corpo com uma barra de sabão importado. Cheirava a flores e seu cabelo úmido o secou com um tecido grosso e áspero. Despiu-se escondida entre os arbustos e colocou a roupa rapidamente.
O jovem pensou que nunca tinha visto uma dama tão perfeita e contemplou-a. Era a bela puritana de olhos violetas que tinha lhe chamado à atenção e agora compreendia por que.
Prudence viu o jovem pirata de olhos cinzentos e quis gritar mas ele a apanhou e cobriu sua boca.
_ Tranquila preciosa não vou lhe fazer dano. Não grite... _ lhe ordenou e colocou uma adaga pequena em seu pescoço.
A jovem gemeu aterrorizada, iria matá-la se não se entregasse a ele...
_ Assim está melhor, logo te levarei comigo em meu navio e a transformarei em minha rainha... te darei as melhores joias e vestidos...
Mas a jovem não alterou suas promessas, sentia a adaga no pescoço e fechou os olhos pensando que a mataria e rezou em silêncio.
De repente sentiu um trovão no horizonte enquanto seu captor atirava a faca e a apanhava muito rápido fazendo com que perdesse o ar, apertando-a contra o peito largo.
_ Fique calada, bela puritana.
Seus olhos chorosos viram os olhos cinzentos e frios, tão frios como o gelo, não teria piedade. Mas não se renderia, não ficaria quieta suportando aquilo. Então, fingiu submissão para que deixasse de apertá-la porque sabia que nessa posição não poderia conseguir escapar...
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