O Clã Mackinloch padece com a opressão inglesa. Bram e seu irmão Callum foram aprisionados e suportaram torturas inimagináveis, tanto de ordem física, como psicológica. O encarceramento, a forma como eles conseguiram sair desse cativeiro, as sequelas de Callum.
Agora um ano depois, Callum está mais soturno e mantém o silêncio. Passa o seu tempo de uma forma vazia.
"Odiava sua vida e sua falta de propósito". O cativeiro havia governado seus dias por tanto tempo que não sabia o que fazer com a liberdade ou como se adaptar a uma vida sem ter como falar.
A cada dia que passava, ele se isolava mais da família, pois não conseguia se comunicar com eles. A raiva fervilhava por dentro, a frustração dominava cada segundo do seu dia.
Nairna tomou para si a tarefa de confrontá-lo. De cabeça fria e firme, puxou-o num canto.
_ A vingança não lhe deu paz, deu?
_ Sente falta de Marguerite, não é?
As palavras foram como uma lança enfiada em seu coração.
Marguerite foi a única pessoa que nunca com você o tratou como se fosse um demente ou menos que inteiro. Aos olhos dela, ele tinha sido o guerreiro que desejava ser.
Mas ela tinha retornado para a vida que conhecia antes dele. A vida que merecia.
_ Ela se preocupou com você durante todo o tempo em que foi mantido cativo_continuou Nairna, sem deixar de atacá-lo. _Se está cego demais para ver a maneira como Marguerite se sentia ao seu respeito, e se não lutar para conquistar o coração dela, então merece perdê-la.
_ Entregou-lhe a flecha e ordenou:_ Vá atrás dela ou deixe de ficar amuado.
Nairna estava certa. Ele tinha ficado para trás e deixado Marguerite ir, sem fazer um único protesto_ era a marca de um covarde, e Deus sabia que eles não era um.
Assim ele inícia sua procura por Marguerite. Uma parte mais sombria dele queria raptá-la, mas Callum sabe que devia lhe dar o direito de escolha. E como demonstrar a profundidade de seus sentimentos sem a fala? Esses são apenas dois dos inúmeros desafios que enfrentará.