Ás vésperas de seu casamento, Gytha, uma jovem de rara beleza, descobre que o noivo está morto. E agora ela deve se casar com o novo herdeiro das terras de Saitun, um cavaleiro endurecido por muitas batalhas, conhecido como diabo vermelho... com o rosto marcado por cicatrizes e o coração ferido por uma grande desilusão, a última coisa que Thayer deseja é uma esposa. Porém, nem mesmo o diabo vermelho consegue romper o compromisso assumido por seu pai adotivo anos atrás. Assim, ele se vê unido a uma mulher linda e inocente. Mas seria a doce Gytha capaz de enxergar além das aparências e descobrir os sentimentos profundos que ele guarda na alma?
Apesar da generosa dose de vinho, Thayer continuava tenso. Na companhia dos três irmãos de Gytha, ele esperava pela noiva e notava que os três rapazes também exibiam traços surpreendentemente belos. Alegres e vigorosos, faziam o possível para mantê-lo relaxado, mas o esforço era inútil, para seu desânimo. Nem mesmo o ambiente de camaradagem podia dispensar os sussurros em torno dele ou cegá-lo para os olhares em sua direção. Piedade. Era esse o sentimento dos convidados pela noiva. Todos ali sentiam que a beleza da noiva seria desperdiçada ao lado de um homem como ele, e era impossível não concordar com aquelas pessoas.
Uma jovem chamada Anne suspirou profundamente.
_ Ah, você é tão corajosa! Como suporta bem o infortúnio.
_ Não sofri nenhum infortúnio _ Gytha falava por entre os dentes, mas nenhuma delas parecia perceber sua ira.
_ Sua prima Isabel falou num tom excessivamente falso:
_ Não precisa esconder o que sente.
isa esconder o que sente.
Ele é horrível. Tão horrivelmente vermelho!
Gytha se ressentiu com as palavras usada para descrever seu marido.
_ Ele é um homem bom e forte.
Sua coragem foi provada muitas vezes.
_ Oh, ninguém dúvida disso _ disse uma loira chamada Edwina. _ Ah, mas depois do doce Willian?
Deve ser horrível ver-se obrigada a casar com um homem tão carente de beleza e elegância. E não esqueça, Gytha, que um homem casado com a espada raramente tem vida longa.
Gytha ergueu a taça a evidente intenção de esvaziá-la na cabeça de Edwina, mas alguém segurou seu pulso. A intervenção de seu irmão Fulke não a agradou, e ela o encarou furiosa. O sorriso de Fulke só alimentou sua ira, mas Gytha não protestou, porque seu irmão já a levava para longe do grupo, o que era um alivio.
Fulke balançou a cabeça e riu, arruinando o esforço para se mostrar austero.
_ Querida irmã, não é boa ideia levar nossos convidados com vinho.
_ Era isso ou arrancar os olhos dela. _ Gytha recuperou a taça que o irmão lhe havia roubado.
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