Dias de espera, dias que se arrastam como o movimento de uma tartaruga; não sei onde está me levando? Só sei que estou a mercê dele neste momento; procuro uma explicação lógica para o que está acontecendo mais não encontrei ainda. Minhas dúvidas não cessam de chegar a cada instante, talvez tudo isso não tenha resposta e fico atormentando minhas partes para saber: Quando estamos livres vemos coisas de maneira tão viva, sentimos o ir e vir de todas as vibrações que se é possível sentir ou ver. Quando a prisão chega parece que todo o colorido da vida se embaça, ofusca a visão e os sentimentos de quem a vive, é como se todo seu prazer fosse encaixotado e que algo o tampou a partir daquele momento fechado, tudo parece perder o sentido.
As pessoas, os sentimentos se transformam em um vazio muito extenso; sem a cor que antes havia perde-se todo entusiasmo, todo vigor que estava ali naquele mesmo lugar onde se instalou esse vazio.
Como recuperar e instalar novamente a cor dentro desse oco? Não sei se o tempo fará isso?
Os dias passam lentamente por mim, penso que há uma razão para isso, outras vezes acredito que não. Como é difícil o tempo do flagelo quando não se pode conviver com as situações adversas que nos atinge.
O coração, a cabeça e todo seu ser se reveste do vazio, da dor e tudo mais que você não pode fazer durante seu período, uma observando a outra e mostrando o contraste entre as duas. Somos seres complexos buscando dentro de nós respostas que nos machucam, pois muitas vezes não há respostas para muitas perguntas. Como conciliar com suas partes interiores? Como compreendê-las? Como viver com elas? Os dias são vistos de diferentes maneiras por pessoas de diferentes etnias... Pergunto a mim porquê dói tanto ver, sentir tudo desse jeito tão profundo que as vezes parece que vai desfalecer a alma.
Sigo meus dias meditando muito em tudo isso, em outras simplismente procuro alienar-me dentro do nada e esperar que dias melhores virão com certeza.
Espero um dia após o outro até que tudo volte a sua cor normal.
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