2 de out. de 2012


"Quem vai separar o navio e o mar?"


   Como uma lenda naveguei por muitos mares, atrás de aventuras que pudesse estar contando através dos tempos. O navio percorreu por vários lugares do mundo e atracou no cais a procura de alguém que lhe contasse que o amor está em todos os lugares, esperando para ser eternizado durante sua existência.
   Foi você quem me escolheu diz o mar. Quando entrou nas minhas águas para desvendar os segredos que carrego, onde só  permito entrar aqueles que me respeitam a vasculhar meus tesouros lá guardados.
   Uma vastidão de mar está a frente como se fosse uma ilha solitária que abriga a todos e ao mesmo tempo ninguém. Agora quer me deixar. Não há como aceitar que este mar que dá a vida, também pode tirá-la de uma hora para outra sem querer saber o motivo daqueles que entraram, invadiram suas águas sem permissão.
   Quem vai separar o navio e o mar? O amor que rege entre ambos é como a força do vento que empurra um para o outro, sem perguntar as consequências que poderão sofrer; É uma escolha que não conseguem evitar, pois precisam um do outro porque sozinhos não conseguem sobreviver.
   Navegar é preciso para conhecer o saber de outros mares. Quando se entra no mar águas poderosas podem refrescar, alimentar e ensinar o respeito que lhe é devido a tempos. Amores foram construídos e destruídos durante o ajuntamento dos dois, trazendo a história todo deslumbre dos acontecimentos em suas passagens até hoje.
   O navio desliza sobre águas mansas ou bravias, buscando povoar sua ilha solitária que se encontra entre as partes. O navio não tem valor nenhum sem o mar, são indispensáveis um ao outro por todos os tempos, pois um necessita do outro para viver e ninguém poderá separá-los até os fins dos tempos.
   Navegar sobre o mar é conhecer águas suaves, calmas e ao mesmo tempo tempestades furiosas que ensina a cada um deles a importância de descobrir que tudo tem uma razão de ser.
   E ninguém poderá separar o navio e o mar.
  


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